Conselho de comunicação começa a navegar na 2º reunião

 Por Pedro Caribé

Os mais céticos, frutiqueiros ou opositores, se unem no mesmo coro: o Conselho Estadual de Comunicação da Bahia está fadado ao naufrágio ou deriva. E eis que na segunda reunião, realizada na quarta-feira, dia 04 de julho, o Conselho  demonstrou que ao sair da praia, os rumos do barco estão indefinidos e as águas que entram ainda são de ondas litorâneas.

Os problemas operacionais e o peso excessivo do Executivo demonstram-se como os maiores desafios do momento. Desafios que retardam, mas não impedem, respostas a temas urgentes levantados pela sociedade como o acompanhamento às violações aos direitos humanos ou as crescentes críticas ao manejo dos recursos publicitários.

O resultado final do encontro foi retirar duas Comissões que darão seus primeiros resultados daqui um mês numa reunião extraordinária: a Comissão 1, com cinco membros, tem três objetivos que se mesclam: I) Diagnosticar e propor medidas orçamentárias para 2013; II) Tecer uma parecer sobre proposta de reformulação da gestão apresentada pela Secom e formulada por uma consultoria da da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM); III) Delinear a metodologia para atuação a curto, médio e longo prazo do Conselho.

A Comissão 1 vai ter como referência propostas de políticas públicas das Conferências para tecer o orçamento, e isso recai imediatamente sobre o Irdeb, a Secom e o próprio Conselho. Como contraponto governamental, estará na mesa a consultoria da FLEM, em fase de conclusão, e apresentada na última reunião com ares funcionalista, feita por profissionais da área de marketing, administração e design. A proposta da FLEM que cria um Sistema de Comunicação (Siscom) já foi alvo de críticas iniciais devido a possibilidade de ser confundida com o Plano Estadual a ser elaborado pelo Conselho, por não ter se quer uma citação a transparência, bem como menção a qualificação de profissionais por meio de plano de carreira e concurso público.

A Comissão 1 também fica com a responsabilidade de desenvolver um método interno, e isso tende a passar por formação de comissões mais sólidas para dar respostas aos anseios imediatos da sociedade e do governo, bem como traçar diagnósticos para políticas mais profundas.

O resultado da Comissão 1 também deve apontar para soluções de problemas organizacionais no Conselho, que ainda está fragilizado em questões básicas como compreensão regimental, aprovação de atas, transmissão ao vivo e participação dos membros titulares e suplentes.

A Comissão 2, com três membros, vai preparar um debate sobre a digitalização na Bahia com foco no Plano Nacional de Banda Larga.

Costuma existir a possibilidade do barco naufragar ainda na quebrada da ondas. Mas no barco do Conselho, foi prematuro sentenciar o naufrágio só porque barco saiu da linha de visão nos intermédios das primeiras ondas litorâneas. Quanto a deriva, só quando chegarmos em alto mar se terá notícias.

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